segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Estratégia eleitoral correta exige uma tática


Eleições de Cabedelo X Estratégias e Táticas Eleitorais I
Breve analise das estratégias adotadas pelas forças   politicas eleitorais de Cabedelo diante dos seus movimentos e dos números das pesquisas de monitoramento pelo IPOP em 2015 (*)

AS TRÊS ESTRATÉGIAS PRINCIPAIS
Três estratégias principais vêm sendo desenvolvidas pelas forças politicas objetivando as eleições de 2016, sendo que, duas delas são antagônicas e a terceira a soma das duas anteriores.

ESTRATÉGIA UM
A primeira estratégia parte das oposições, consta da união das forças oposicionistas, o que levaria indiscutivelmente, a chapa situacionista a uma derrota esmagadora, mesmo com as suas condições matérias privilegiadas e disponíveis. Mas, para que isto aconteça seria necessária uma afinação com uma nota a menos de renovação, pois, teria que caber nesta frente ampla, o velho grupo de Zé Regis que, já governou por três mandatos, por tanto, com os velhos vícios, mais, ocupa no momento a melhor colocação no quantitativo eleitoral, tendo em vista, que a soma dos candidatos oposicionistas (Eudes, Fernando Sobrinho, Marcus Patrício, Paulo Nogueira, Brito, Lucas, Claudio Lucena, e se contarem com Fernando Borges e Ivan) somam entre 9% a 12% das intenções de votos (Pesquisas IPOP/2015 – questão estimulada para prefeito) com destaques para Eudes e Ivan. O último após um crescimento bastante significativo entrou em declínio acentuado.
Porém é importante destacar, que mesmo com superioridade numérica de intenções de voto, o que podem ser comprovados na sua forma mais simples a de ouvir ao redor, principalmente nas áreas mais vulneráveis, não é aceito, pelos que clamam por profundas mudanças, por uma nova forma de fazer politica, por choques radicais de gestão e etc., que de fato é minoria na articulação, mas, não podemos esquecer que minoria consciente se torna maioria, é só lembrar-se dos bolcheviques, que pouco antes da revolução russa eram apedrejados nas portas das fabricas.

ESTRATÉGIA DOIS
A segunda é inversamente a primeira, ou seja, dividir para reinar, o que quer dizer evitar a união das oposições, e com a almejada vitória situacionista, dá continuidade a manutenção do poder, de seus interesses e dos interesses do grupo econômico que representa. Com possivelmente, a pior administração e os maiores escândalos da historia politica administrativa de Cabedelo, o grupo do prefeito Leto Viana não consegue chegar ao eleitorado, os números são os piores possíveis, considerando a posição privilegiada que ocupa, já que, oscila entre 6,0% e 9,0 das intenções de voto (Pesquisas IPOP/2015 – questão estimulada para prefeito), e que somados aos “conhecidos” votos de João Pessoa, não ultrapassaria a 10,0% do universo de eleitores de Cabedelo. Se bem que na verdade é o único grupo a ser atacado de forma organizada, mas, não se trata apenas do poder de fogo dos movimentos e das redes sociais, mais da própria história do grupo para chegar ao poder.

(01)
Com a divisão em diversas chapas de oposição e uma camuflada nos serviços urbanos no ano eleitoral, somados a máquina administrativa e os recursos financeiros “conhecidos e disponíveis” para a campanha eleitoral de 2016, o grupo situacionista estaria de volta ao jogo, e neste caso, não haveria dúvidas, o candidato seria Leto e para os que quiserem lançar candidaturas majoritárias, o financiamento será certo.

ESTRATÉGIA TRÊS
A terceira estratégia consta da soma das duas anteriores, por situação privilegiada, ou seja, União das posições condicionada à desunião das mesmas oposições, ou ainda, agregar para desagregar. Esta está relacionada ao grupo de Zé Regis, que se apresenta como oposição, o único contra ponto administrativo, mesmo que tenha realizada uma gestão muito a desejar, mas, construiu a exemplo dos faróis a sua obra faraônica, seu Titanic, e como diria os seguidores de Amon, ele eternizou-se. E a assim, consegue ser lembrado como bom diante da comparação com a péssima gestão atual. Assim para agregar tomou a iniciativa ainda em 2014, chamando para formar uma frente de oposição, desde que, a cabeça ficasse para o grupo, independente de qual dos dois, o marido ou a mulher.
Com uma distância significativa para os demais na corrida dos números eleitorais, já que, tem os melhores índices de intenções de voto, ou seja, já que detém entre 15% a 18% (Pesquisas IPOP/2015 – questão estimulada para prefeito). Com esse desempenho eleitoral, o grupo caso, não consiga seu intento, ou seja, a cabeça da chapa única de oposição passa de agregador para desagregador das oposições, para isso, basta compor a chapa para 2016 com força(s), significativa(s) da oposição, e assim provocar baixas na articulação da oposição de hoje, inclusive, na oposição xiita.
Outro fator importante a destacar é que o grupo não se encontra na berlinda, sobre o fogo dos inimigos constante, com raríssima exceção, ao contrario consegue gozar da simpatia de outros oposicionistas, portanto, esses índices podem reduzir à medida que o debate se acirre e as contradições sejam expostas.
 É importante ainda destacar que seu maior reduto eleitoral, em razão da politica assistencialista durante três gestões tendo a frente a 1ª dama, se encontra na periferia, nos lugares mais vulneráveis, portanto, áreas, onde a chapa situacionista com seus abundantes recursos matérias pretende buscar os votos necessários.

CONCLUSÃO
Diante do andar da carruagem, ou seja, levando em consideração a forma de condução na formação de um frente única de oposição, partir da escolha de um candidato único as pressa com a alegação de tempo hábil, e não, de um programa e de uma agenda comum em defesa de uma “CABEDELO NÓS COMO QUEREMOS”: mais segura, mais sustentável, mais democrática, e socialmente inclusiva, que gozar-se do conhecimento e do refendo popular, é bem possível, que tenhamos no mínimo, três chapas, sendo no mínimo, duas de oposição.

(02)
Sim o mínimo duas de oposição, até porque, os recursos e as assessorias jurídicas para as pequenas candidaturas de “oposição” possam minar a frente oposicionista, que não mostrou ainda a cara para o povão e, portanto não existe o compromisso antes do processo eleitoral, não serão problemas para os que forem cooptados pelo poder econômico dos situacionistas, pois estas táticas serão adotadas e poderão provocar inclusive, danos eleitorais por menor que seja em campanha acirrada, irrecuperáveis para frente.

OS NÚMEROS E O UNIVERSO ELEITORAL
Veja o que diz a dança dos números da Pesquisa IPOP/2015(**) sobre intenções de voto de outros candidatos considerado o quesito estimulado, (Anísio Maia, Ricardo Barbosa, etc.), que somam oscilando entre 2% e 4,0%, e que somados aos totais dos candidatos já mencionados alcança os índices de intenções que oscilam de 32,0% a 43,0%. Já os votos brancos e nulos oscilam entre 57% e 68%. E se levarmos em consideração a media da soma dos votos para prefeito/2012 (15,47%) e para governo/2014 (15,77) e compararmos os momentos históricos que são bastante diferentes com o volume de escândalos e crescimento exacerbado do descredito para com a classe politica existente hoje, é legitimo afirmar com base na leitura das pesquisas, que a tendência de votos brancos e nulos deverá ultrapassar os 20,0%, os números superiores à média de 15,62%, o que nos levaria a universo 37,0% de votos serem conquistado por todas as coligações.

SUAS TÁTICAS ELEITORAIS E ESTRATÉGIAS DE MARKETING
A primeira coligação, a situacionista tendo na cabeça o atual prefeito Leto Viana, estaria no patamar de 10% a 12 de intenções de votos. Suas forças politicas serão dispostas na forma que garanta os votos menos conscientes e mais vulneráveis tendo em vista a péssima gestão e história politica da coligação que teve a frente Luceninha acusado de estelionatário eleitoral, portanto, se concentrarão no cooptar com empregos as lideranças para facilitação na identificação dos mais propícios a venda dos votos e a perseguição com a maquina administrativa para reverter a intenção dos votos dos que não sejam favoráveis.
Sua estratégia de marketing será adotada com base em uma maquiagem no eixo central de Cabedelo e confundir o Bairro de Intermares,  com o uso dos recursos federais e a dispensa do ICMS de empresas que fazem obras na BR para o Governo Federal.
A segunda, a coligação das oposições que ocupa no ranking a 2ª colocação com uma soma que oscila entre 9% a 12% da intenção de votos poderá sem dúvida ser a mais prejudicada entre as principais chapas em razão da possível divisão das forças oposicionistas, assim, terá que compensar adotando uma postura de total renovação, não só, nos que se refere aos que se propões assumir os Poderes Executivo e Legislativo, com raríssimas exceções, como também, na forma de a administração, e principalmente na forma de fazer politica.


(03)
A coligação terá que adotar uma estratégia de marketing que possa atingir o eleitorado como a verdadeira e única oposição, capaz de estripar a corrupção e garantir investimentos nas áreas de saúde, educação integral, escolas dignas, cultura, geração de emprego e renda e principalmente, de obras estruturantes necessárias para o desenvolvimento sustentável do Município. Um discurso claro e sempre que possível com números, já que, Cabedelo não vive uma crise financeira, Cabedelo vive e será preciso ser mostrado de forma pedagógica, uma crise de gestão, há muito e muitos anos.
. A terceira e possivelmente não a última com 15% a 18% das intenções de voto será a chapa de Zé Regis, conhecido por todos por três mandatos. Suas forças eleitorais serão dispostas objetivando a convencer segmento eleitoral, como de fato à única coligação de oposição com condição de ganhar as eleições.
Sua estratégia de marketing será a de comparar seu governo ao governo anterior e criar o saudosismo com um destaque para a sua obra faraônica: O Mercado Público de Cabedelo, por onde trafega milhares e milhares de pessoas.

CONCLUSÃO
Portanto diante do exposto acima, concluímos que as três principais chapas estariam em condições numéricas bastante próximas de disputar as eleições com chance de vitória, e considerando o momento histórico e consequente aumento de votos brancos e nulos e com a possibilidade do surgimento da quarta, e ou, quinta chapa eleitoral, o único prejudicado será a chapa da articulação das oposições, já que, a coligação de Leto e do grupo de Zé Regis serão beneficiados, principalmente se levarmos em consideração os números relativo.
E ai?


Cabedelo, 03 de Janeiro de 2016.

Jaêmio Carneiro
Presidente do IPOP
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(*) Documento apresentado pelo professor Jaêmio Carneiro a reunião da Rede de ONGs SOS Cabedelo em (04/01/16)
(**) Os dados apresentados acima, são frutos de (04) quatro pesquisas realizadas em 2015 pelo Instituto de Pesquisa de Opinião Pública – IPOP, objetivando o monitoramento do comportamento do leitorado e os movimentos dos pré-candidatos a prefeito do Município de Cabedelo por encomenda de um consórcio capitaneado pela Rede de ONGs SOS Cabedelo.

- 04 -
Estratégia eleitoral correta exige tática, que proporcionem uma operação aritmética que some para posterior multiplicar.
 E não que some para no futuro subtrair (02)
Breve analise das estratégias adotadas pelas forças                       politicas eleitorais de Cabedelo diante dos seus movimentos antes e durante a formação de alianças politicas eleitorais

Como é de conhecimento dos que militam na área, a estratégia pode ser compreendida como a elaboração do plano (a médio e longo prazo) para vencer a uma guerra ou uma eleição, enquanto que, a tática (em curto prazo) parte da implementação da estratégia definida, ou seja, as ações corretas para atingir a estratégia escolhida. Diriam os militares, a estratégia esta no plano da vitória do seu exercício, e as táticas nas formas de dispor, de distribuir o contingente militar para assegurar a vitória.
Ao contrario do que afirma Sun Tzu na A Arte da Guerra (*) “todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”, no nosso município, o que muito me alegra, todos enxergam que a estratégia a ser adotada não poderá ser outra que não a união das oposições, este é o grande plano.
Assim sendo, não estou a debater a estratégia que estar para ser adotada pela articulação das oposições, no Município de Cabedelo, absolutamente, ela é correta e única na sua essência, já que, a princípio podemos afirmar como verdadeira a premissa, de que não há outra forma de ganhar as eleições, sem que, haja a união das oposições, ou que, no mínimo a aliança de oposição seja suficientemente representativa, não só campo eleitoral, como também, campo no social para se tornar no futuro uma coligação vitoriosa.  
Aqui me refiro, a escolha das táticas (micro) que são correlatas à estratégia (macro), ou seja, as que atendam as necessidades para a cooptação do maior quantitativo eleitoral. Em fim não se trata do nosso exercito (as forças de oposições) este é consenso por todos, mas, sim da arte de dispor e manobrar as tropas no campo de batalha para conseguir o máximo de eficácia durante um combate. Refiro-me as táticas mais eficientes para os nossos propósitos
 É Isto mesmo, nos preocupa, a forma como esta sendo conduzida, em curto prazo, a disposição das nossas forças politicas eleitoral, ou seja, a escolha no próximo dia 28 de um candidato único das oposições, uma discursão eminentemente eleitoral e sem significativa participação da sociedade, já que, a articulação (reuniões) mal começou já está conclusa. E assim mesmo, sem paramentos para medir os quantitativos dos respectivos candidatos. Se assim procederem estaremos no plano eleitoral, reduzindo de (08) oito candidaturas, para uma (01) só, portanto nesta operação aritmética, em vez de somarmos, fizemos foi diminuir nosso potencial, como perspectiva de futuro.  Já no plano das conquistas socais, perdemos o momento de estabelecermos um pacto social, um projeto comum, e consolidarmos a frente de oposição com uma agenda comum de atividades em defesa de Cabedelo e do seu desenvolvimento sustentável.
Mas, como estaríamos diminuindo as nossas forças, se somamos todos os candidatos em uma forte chapa com um candidato com mais tempo para se apresentar a sociedade? Perguntar-me-ia você que atento ler.

(01)

Para melhor entendimento procederemos à operação de forma inversa. Vejamos: Dia 28 após reunião dos candidatos que avaliou diferentemente do que havia sido definido.
E assim, todos os candidatos saíram mais convictos com suas candidaturas, porém com um discurso único de oposição, retornando as bases e com elas as ruas num esforço concentrado até a segunda quinzena de março, quando retornariam para uma avaliação final e com os números em forma de intenções de voto, dos seus respectivos desempenhos eleitoral.
. E ai, realizaríamos o 1º Congresso de Oposição de Cabedelo com foco em um Plano de Desenvolvimento Sustentável Participativo para o nosso município, e então com a participação significativa da sociedade civil organizada, do cidadão e da cidadã consciente seria definido as condições, não mais, de uma aliança de oposições, mais sim, de uma frente popular progressista e vitoriosa.
Para concluir inverteremos a condição expressa à cima e deixaria apenas uma, de tantas perguntas que me preocupa.  Acreditas que depois de equacionado os interesses dos candidatos de oposição, os seus desempenhos, junto ao eleitorado e seu compromisso com a unidade, alguns já em campanha de vereador, no que se refere a candidatura majoritária das oposições seria o mesmo que para sua candidatura, considerando o futuro dos próximos 2 meses?.
Finalizando, na qualidade de cidadão, de militante dos movimentos sociais, de técnico da área, não poderia de forma alguma deixar de expor o nosso pensamento, no entanto, para dirimir qualquer dúvida voltamos mais uma vez a assumir o compromisso de contribui para uma Cabedelo de todos para todos.
Cabedelo, 24 de Janeiro de 2016

                                            Jaêmio Carneiro                     
                Porta voz da Rede de ONGs SOS Cabedelo


 (*) "Estratégia Militar de Sun Tzu"), é um tratado militar escrito durante o século IV a.C. pelo estrategista conhecido como Sun Tzu. O tratado é composto por treze capítulos, cada qual abordando um aspecto da estratégia de guerra, de modo a compor um panorama de todos os eventos e estratégias que devem ser abordados em um combate racional. Acredita-se que o livro tenha sido usado por diversos estrategistas militares através da história como NapoleãoZhuge LiangCao CaoTakeda ShingenVo Nguyen GiapMao Tse Tung.

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